O Espaço do Associado tem como objetivo relatar curio- sidades, experiências vividas durante os anos de trabalho no IBGE. Nada que envolta questões políticas.
Para primeira matéria, estamos apresentando “Viagem Inesquecível”, texto enviado pela colega Dulce Maria Alcides Pinto.
——–
Para mim uma das coisas boas da vida é passear, conhecer lugares novos, curtir os hábitos e costumes de cada terra.
Talvez este tenha sido o principal motivo de ter escolhido ser geógrafa. O IBGE me deu esta oportunidade de viajar pelo País e, a Associação de Geógrafos complementou permitindo conhecer várias cidades das diversas regiões. Em cada viagem vivi situações diferentes, algumas delas, inusitadas e bastante engraçadas.
Duas amigas e eu decidimos ir a Belém de fusca, o grande guerreiro das estradas na ocasião. Foi uma verdadeira aventura. Senti-me uma desbravadora. Até Brasília a estrada era asfaltada e bem sinalizada. Da capital Federal, atravessamos os Estados de Goiás, o atual Tocantins e/ou Maranhão pela famosa rodovia Belém-Brasília, marco histórico por ter permitido interligar a região norte com o restante do país. Foi um estirão com 2,5 mil de extensão: parcialmente asfaltada, cheia de buracos, com poucos lugares razoáveis para se parar, comer e, sobretudo dormir. Por esses motivos esta rodovia era vulgarmente chamada à época de grande e mal acabada.
Finalmente e felizmente, num final de tarde, chegamos são e salvos em Belém, tendo nos hospedado nos alojamentos para pesquisadores no Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi, fundado em 1866, o mais antigo do país, com 5,2 hectares, situado no centro urbano de Belém. Local maravilhoso, onde os visitantes podem ter uma pequena idéia da variedade de espécies da flora e fauna da Floresta Amazônica. Após um rápido banho “as três mosqueteiras” saíram para almoçar, ou melhor, jantar porque a essa altura já passavam das cinco. Caminhando pelas belas ruas arborizadas com mangueiras, procurávamos por um restaurante quando cruzamos com um rapaz de aparência simpática a quem resolvemos perguntar se poderia indicar algum restaurante bom onde poderíamos almoçar.
O rapaz imediatamente respondeu sorrindo. Mas é claro “Lá em Casa”. Ficamos indignadas com a resposta, que abuso!. Sem falar mais nada seguimos adiante e fomos parar no primeiro boteco que encontramos.
No dia seguinte, conversando com outros colegas sobre o acontecido ficamos com a consciência pesada por ter feito péssimo juízo do rapaz. Qual a nossa surpresa ao saber que efetivamente “Lá em casa” era o nome de um dos melhores restaurantes de Belém, que tivemos mais tarde, oportunidade de conhecer, que oferecia uma comida deliciosa, a maioria pratos regionais.
——–
Aos colegas e amigos que desejarem podem enviar suas histórias, pois teremos sempre um espaço ao qual possam contá-las e deste modo este pode vir a ser um ponto de entrosamento, considerando que o DAP é um canal de comunicação entre seus associados.