Parece um bom negócio e é, mas só para os Bancos, basta observar os lucros por eles obtidos anualmente, batendo recorde, ano após ano. Enquanto verificamos a falta de margem consignável de alguns associados, até mesmo para nosso desconto de R$ 6,00.
Os juros são baixos, uma vez que o pagamento é certo para o credor. O empregado não precisa pagar boleto bancário, nem tampouco se programar para efetuar os pagamentos e o credor não precisa contratar ninguém para buscar o pagamento, na realidade é uma bomba relógio para quem não sabe administrar seu pagamento. O risco é exatamente esse: Embora, na média, os juros cobrados por essa modalidade de empréstimo sejam menores do que os juros do cartão de crédito e do cheque especial, as taxas ainda são bastante elevadas. Quem recorre a um empréstimo de 2% ao mês ou 27% ao ano e prazos que podem chegar a noventa meses vai pagar cerca de 490% acima do valor emprestado, ou seja, quase cinco vezes mais do que o valor do empréstimo.
Na maioria dos casos o crédito consignado é limitado a, no máximo, 30% da renda. Mas já existe crédito consignado sem respeitar qualquer limite de margem, levando com isso muitas pessoas ao descontrole de suas finanças. Pior ainda é a situação de quem utiliza o crédito consignado sem margem de consignação. No desespero, e por falta de educação financeira, muitas pessoas recorrem a esse mecanismo para pagar as contas do mês, esquecendo que na verdade só estão adiando o problema, uma vez que no mês seguinte também faltará dinheiro e, pior, ainda será necessário pagar a prestação do empréstimo.
Resumindo, o crédito por si só não é ruim. Só que, existem dívidas boas e dívidas ruins. É importante verificar se recorrer ao crédito consignado é realmente necessário, ou se há alternativas mais baratas. Em nenhuma hipótese recorra ao crédito consignado para cobrir rombos no orçamento. Tente negociar as dívidas, se eduque financeiramente e tente viver com seu salário.