Há um pouco mais de uma semana após nossa Assembléia do dia 25 de setembro, serão realizadas eleições em todo o País. Não cabe ao DAP, nem aqui, nem – aliás em hora e lugar algum, entrar na disputa partidária ou de candidaturas. Cabe sim, ressaltar a importância do voto a partir da abertura política, o que parece só vem sendo entendido por uma minoria, para aproveitando-se disso tirar o máximo possível de proveito da Política. Criando falsas estratégias de polarização para em seguida reduzir o poder de voto com arranjo e coligações que excluem a participação popular.
Participação inequívoca nas primeiras manifestações do ano passado, quando o povo teve de ir às ruas para demonstrar o seu desejo de Mudanças.
Chegamos às eleições e o que se vê é que nada disso foi levado em consideração. Basta assistir o horário eleitoral. Para o desejo de mudanças, o máximo que acenam é com uma reforma política. Reforma! Uma palavra de triste lembrança para nós aposentados e pensionistas, quando associada à palavra administrativa que tantos Direitos nos surrupiaram, como o retorno da obrigatoriedade de contribuição ao Regime Próprio de Contribuição Social (PSS), já condenado na OEA, pela quebra de direito adquirido.
Enquanto pensamos em não ter ninguém para votar, os políticos profissionais pensam no maior número possível de votos (válidos) em relação aos adversários – cada vez em maior número – para assim justificar a deformação do regime republicano, transformando-se em função dessa diferença, num verdadeiro monarca, a quem tudo é permitido. Assim, é que, não fosse tão larga as vantagens alcançadas pelos mesmos, desde a abertura, provavelmente muito desses absurdos não teriam ocorrido.
Portanto, nossa indicação para todos é que não deixem de votar. Um dia perceberão o peso desse voto e os candidatos terão programas específicos para nós, hoje, em torno de 25% da população brasileira e, em crescimento contínuo.
Ainda sobre as mudanças, elas cabem também, e principalmente a nós que, com certeza, acumulamos grande experiência da vida brasileira. Elas podem até serem chamadas de reformas. E dentre todas, para nós a mais importante seria a do judiciário. Quando falamos nós, nos referíamos preferencialmente aos aposentados e pensionistas do IBGE, que por duas vezes, através do DAP, conseguiu barrar a cobrança de PSS na Justiça e depois viu tudo se desfazer no STF, através do relator Nelson Jobim, modificando de público o texto da MP, para permitir esse absurdo. Falamos de nós, e daqueles, que morreram e morrerão, sem receber os 28%, pelo tempo decorrido numa Ação iniciada em 1995. Falamos também da GDACT, com liminar desde 2000, e até hoje sem conclusão. Poderíamos ainda elencar uma série de situações próprias, mas não pensamos num judiciário só para nós, mas sim, num judiciário autônomo e independente, como preconiza a própria Constituição. Um judiciário que principalmente coíba a impunidade, independente de a quem pertença o delito.