Exoneração às vésperas do Censo Agropecuário pode comprometer a missão técnica do IBGE

O DAPIBGE, em defesa da natureza técnica do IBGE, expressa sua posição em relação à exoneração de Octávio Costa de Oliveira, Coordenador de Estatísticas Agropecuárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A decisão, feita sem justificativas técnicas e em um momento crítico, às vésperas do Censo Agropecuário, pode comprometer não apenas a integridade da equipe, mas também a qualidade das estatísticas fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas no Brasil.

A exoneração de um profissional com longo histórico e competência reconhecida em sua área levanta sérias questões sobre a valorização do servidor público dentro do IBGE, um órgão cuja natureza é predominantemente técnica. A saída de Oliveira desestrutura a equipe de trabalho, cuja coesão é vital para assegurar a continuidade e a confiabilidade dos dados que refletem a realidade agrícola do país.

O DAPIBGE, em defesa do IBGE e da sua missão, reafirma a necessidade de um diálogo aberto entre a direção do órgão e seus colaboradores. Este tipo de comunicação é fundamental para conduzir processos técnicos de maneira democrática e respeitosa. O DAPIBGE possui em seus quadros especialistas com décadas de experiência, que trazem contribuições valiosas e uma perspectiva essencial para a manutenção da qualidade das estatísticas.

Em nota, o DAPIBGE condena a prática de exonerações sem diálogo, enfatizando que decisões arbitrárias não apenas minam a confiança nas instituições, mas também colocam em risco a integridade dos dados oficiais. A construção de uma estatística de qualidade exige respeito mútuo, comprometimento técnico e responsabilidade institucional.

À medida que o IBGE se prepara para o Censo Agropecuário, as questões sobre gestão e liderança se tornam ainda mais cruciais. A estabilidade e a confiança nas estatísticas oficiais dependem de uma abordagem que valorize a técnica acima de interesses políticos ou administrativos. Para garantir a eficácia e a precisão das informações que orientarão o futuro do Brasil, é necessário fortalecer a relação entre gestão e colaboração técnica no IBGE.

Presidente