Em pronunciamento, nesta terça-feira (9), a senadora Leila Barros (Cidadania-DF) comentou o pedido de exoneração de mais de 33 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem. Ela destacou que o pedido de demissão em massa ocorre há duas semanas da realização da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
— O pedido de exoneração em massa ocorre na esteira da crise enfrentada pelo Inep nas últimas semanas. Dentre as justificativas, os servidores citam a situação sistêmica do órgão e a fragilidade técnica e administrativa da atual gestão do Inep. Além disso, há acusações claras de assédio moral e desmonte da estrutura do órgão.
Leila criticou o governo federal e afirmou que o Brasil está assistindo a destruição da política educacional desde que atual administração chegou ao poder, demonstrando descompromisso com a educação brasileira.
— Se já não bastassem todos os equívocos praticados pelo MEC nos últimos anos, sua má gestão coloca em risco a realização do exame mais importante para os jovens do nosso País.
A senadora destacou a iniciativa da Comissão de Educação da Câmara de chamar o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para dar explicações sobre as exonerações e da Frente Parlamentar em Defesa da Educação de apoiar a votação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC 27/2021) para transformar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em instituições permanentes de Estado.
— A PEC busca assegurar autonomia técnica, administrativa, financeira, orçamentária e patrimonial ao Inep, ao IBGE e ao Ipea, estabelecendo mandato de quatro anos aos seus dirigentes, com possibilidade de uma recondução, indicados pelo Presidente e sabatinados e aprovados pelo Senado Federal. No momento em que assistimos a esta crise sem precedentes no Inep, espero que possamos buscar uma solução efetiva para esta questão. E eu acredito que ela está na PEC 27 — afirmou.
Fonte: Agência Senado